sábado, 2 de maio de 2020

Saudades


De quem você mais sente Saudades? Em qual fase da sua vida você voltaria e viveria novamente? Você gostaria de voltar no tempo?

Então, pelo tempo que vai ler esse texto, imagine que isso é possível! Pense em um momento agradável de sua infância. Consegue sentir a mesma emoção que sentia naquele tempo? Não se importe com seus pensamentos, apenas sinta. Feche os olhos, respire profunda e lentamente e procure compreender quem você era naquele momento. O que lhe deixava feliz? O que gostava de fazer?
Agora, imagine que você tivesse seguido seu sonho de infância. Como você seria hoje? Note, não estou perguntando o que estaria fazendo. A pergunta é, caso você tivesse seguido sua trajetória de sucesso, como você seria hoje? Que tipo de pessoa teria se tornado? Quais seriam seus valores?
Existe algum sentimento ou atitude que quer mudar dentro de você? Alguma transformação lhe colocaria mais próximo de sua Felicidade? Algo que queira ter ou ser e por isso lhe traz saudades de um tempo onde suas vontades e desejos eram mais simples e, por isso mesmo, mais fáceis de serem atendidas?
Saiba que, enquanto você sente saudades, a vida passa. Saudades é boa quando traz sentimentos de gratidão e motivação para seguir adiante. Quando deixa a certeza e a confiança de que sua vibração chegou à pessoa saudosa com sentimentos de amor e amizade, sem raiva, ciúmes ou ilusão.
“Eu sou do meu amado, e ele tem saudades de mim”. – Cântico dos Cânticos 7:10
Portanto, ao sentir saudades oferte o que tem de melhor dentro de você e celebre a vida, antes que ela chegue ao fim. Seja Feliz!
A poesia abaixo foi escrita por Camille, personagem de Augusto Cury em seu livro “As armadilhas da mente” – Editora Saraiva – 2013.
“Tenho Saudades! De quando o medo não me controlava, nem a crítica me perturbava.
Do tempo em que comia chocolate sem me preocupar, e livre, andava sob a chuva e não ligava de me molhar. Ah, que saudades…
De quando tomava sorvete com o nariz escorrendo, do som “o papai chegou!”, que me fazia sair correndo.
Do tempo em que me doava sem me importar em receber, e livre, não usava a culpa para me prender. Ah, que saudades…
De quando não sofria por antecipação por nada e ninguém vendia a paz do coração.
Do tempo em que meus sonhos faziam o mundo parar e, livre, não tinha medo de chorar nem de me arriscar.
De muitas coisas tenho saudades, mas a que mais cala fundo é a saudade que tenho de mim
E quando bate essa saudade no peito, penso: se eu pudesse viver outra vez, arriscaria mais ser feliz; deixaria o vento revoar meus cabelos, teria menos medo de ser estúpida e apostaria mais em quem falha, pois não há mentes difíceis, mas chaves erradas; E tolerante, cobraria pouco dos outros, e, generosa, muito menos de mim. Mas, como não posso viver outra vez, quero ao menos dilatar o tempo, fazer de cada dia um mês, deixar de ser escrava do futuro, homenagear cada minuto no presente e agradecer cada pessoa que amo, por existir, mas, acima de tudo, quero trair a morte, as decepções, as angústias.  Sendo uma eterna amante e namorada da vida…"
Um grande e saudoso abraço,
Marco Tyskowiski

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