domingo, 2 de agosto de 2015

Abandono

Quantas vezes você já se abandonou nesta vida?
Você se lembra de tudo que iniciou e não completou?

Talvez a tão sonhada faculdade tenha sido interrompida. O curso de línguas iniciado com tanto entusiasmo, já está se tornando um fardo. Aquele grande sonho ou projeto, já está esquecido. A pós-graduação ou o curso de aprimoramento profissional continuam esperando um momento mais oportuno. A atividade física ou a academia ficam para segundo plano, assim como o contato com velhos amigos.O que falar então daquele grande amor, abandonado a muito tempo? Mesmo querendo continuar, acabamos desistindo.

Por outro lado, existem algumas coisas difíceis de serem abandonadas. Velhos hábitos  e velhos pensamentos dificilmente são abandonados. Ao contrário, continuam cada vez mais fortes e presentes em nosso dia a dia, nos aprisionando e nos impedindo de mudar. Os pequenos ou grandes vícios são outros exemplos de coisas que não abandonamos tão facilmente, mesmo sabendo que irão nos fazer mal. Neste caso, as fraquezas vão se tornando cada vez maiores.


O caminho mais fácil, ou o mais curto, em busca de satisfação, é sempre o mais percorrido.  Os pequenos vícios vão se agigantando e se tornando o grande motivador para nossos atos. Lembra-se quando disse que a necessidade é a vontade de quem não tem vontade? Quando você abandona ou não tem sonhos e projetos, vai se tornando refém da necessidade de satisfações imediatas ou refém das circunstâncias.

O caminho mais longo, ou mais difícil, é sempre menos percorrido. Para a grande maioria das pessoas, é mais fácil abandonar sonhos e projetos, que estão distantes, do que abandonar  velhos hábitos ou vícios que suprem uma necessidade imediata. É mais fácil ter uma satisfação imediata e se lamentar ou se revoltar depois, do que ter que acreditar e trabalhar por um sonho distante. É mais fácil procurar um atalho do que percorrer um longo caminho.

Perceba que, sempre junto ao abandono de um projeto ou de um sonho, virão as lamentações e as desculpas. Sempre existirá um bom argumento para justificar o abandono de um sonho. É nessa hora que surgem as buscas por satisfações momentâneas. Abandonamos nosso caminho e começamos a trilhar atalhos que nos levam a lugares cada vez mais distantes de quem realmente somos. 

Abandonamos um curso que iniciamos, mas não abandonamos o conforto de meia hora a mais de sono por dia. Abandonamos um projeto, mas não abandonamos o hábito de passarmos o dia desperdiçando nossos pensamentos com futilidades.

Em resumo, abandonamos objetivos, mas não conseguimos abandonar vícios e velhos pensamentos. Abandonamos sonhos mas não o hábito de desperdiçar tempo variando entre lamentações e descontroles, hora agindo e sofrendo como vítimas, hora agindo e fazendo outras pessoas sofrerem, despejando nossas contrariedades e frustrações acumuladas.

Numa grande confusão, abandonamos o que deveríamos preservar e preservamos o que deveríamos abandonar.

“Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço”.  Romanos 7:19

Se você quer mudar sua vida, precisará abandonar os sentimentos e pensamentos que o prejudicam. Terá que abandonar o caminho mais curto e fácil e percorrer o seu próprio caminho. Abandonar a satisfação imediata e passageira pela realização plena e duradoura do trabalho na construção de seu projeto ou sonho. Terá que mudar velhos hábitos

Lembre-se que para cada escolha há um resultado. Ou seja, quando escolhemos um caminho estamos escolhendo também o destino.

Não se importe com críticas ou opiniões de outras pessoas, apenas faça o que precisa ser feito. Abandone os hábitos e atitudes que lhe prejudicam e cultive e preserve as atitudes que o levam aos seus objetivos.

Abraços,
Marco Tyskowiski

Nenhum comentário:

Postar um comentário